Índice de confiança da indústria recua em março, mas ainda fica acima da média histórica
A confiança do empresário industrial caiu 4,4 pontos em março, na comparação com fevereiro, ficando em 60,3 pontos. O dado foi revelado na pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria entre os dias 2 e 11 de março, com a participação de 2.420 empresas em todo o Brasil.
Apesar da queda, o indicador permanece acima da média histórica de 53,8 pontos. No entanto, desde janeiro de 2010, quando o ICEI passou a ser medido mensalmente, o índice só havia recuado mais de quatro pontos entre um mês e outro em três momentos críticos para a economia brasileira. Ocorreu pela primeira vez em julho de 2013, após as manifestações populares daquele ano, em fevereiro de 2015, no início da crise econômica, e em junho de 2018 foi pressionado pela paralisação dos caminhoneiros.
Segundo Carlos Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, “é importante observar que o índice permanece distante da linha divisória dos 50 pontos, o que ainda mostra a confiança dos empresários. É urgente que o governo federal e o Congresso Nacional atuem em conjunto para implementar as medidas emergenciais e as reformas necessárias para que os efeitos da pandemia no desenvolvimento econômico e social do país sejam reduzidos e que o Brasil volte a crescer”,
Os dois índices que compõem o ICEI são: Condições Atuais e Expectativas. Os dois são calculados a partir da avaliação que o empresário tem em relação à empresa e à economia. O índice de Condições Atuais ficou em 54,3 pontos, enquanto o de Expectativas ficou em 63,3 pontos.