Produtividade brasileira cresce em 2018
A produtividade no trabalho da indústria brasileira aumentou 0,8% em 2018, na comparação com 2017. As informações são do estudo Produtividade na Indústria, elaborado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria.
O resultado do Brasil na pesquisa foi superior ao alcançado por outros importantes competidores do país no mercado externo, a exemplo do Japão, Itália, Reino Unido, Alemanha, México e Argentina, mas está abaixo do obtido pela Coreia do Sul, França, Países Baixos e Estados Unidos.
De acordo com o estudo, o melhor desempenho em 2018 frente a 2017 foi da Coreia do Sul, onde a produtividade cresceu 3,4%. Em seguida, aparece a França, com aumento de 2,3%, e os Países Baixos, com alta de 1,3%.
Nos Estados Unidos, a produtividade cresceu 1,2%, enquanto no Japão e Itália o desempenho foi de 0,6%.
No Reino Unido, Alemanha, México e Argentina, a produtividade caiu. A maior queda, de 3,6%, foi registrada na Argentina.
A produtividade medida na pesquisa é resultado do volume de bens produzidos em relação às horas trabalhadas na produção da indústria de transformação.
Segundo Samantha Cunha, economista da CNI, “a produtividade da indústria brasileira aumentou mais durante a crise, período em que as empresas ampliaram os investimentos em melhoria da gestão e na busca por maior eficiência, enquanto os trabalhadores, com medo do desemprego, também buscaram ser mais produtivos”.
Nos últimos dez anos, a produtividade na indústria brasileira cresceu 11,6% – o sexto melhor resultado entre os dez países avaliados.
Na década, a França, com ganhos de 26,8%, teve o maior avanço na produtividade. O ganho nos países que estão atrás da França e à frente do Brasil – Itália, Alemanha, Países Baixos e Coreia do Sul – variou entre 15,2% e 17,4%”.
Na Argentina, a produtividade aumentou 3,7% nos últimos dez anos, enquanto no Japão a produtividade caiu 3,8% e, no México, 0,2%. “Com isso, a produtividade do trabalho efetiva, que compara o desempenho do Brasil com a média de seus parceiros, cresceu 3% nos últimos dez anos”, informa a CNI.