Este site tem por objetivo fornecer subsídios a todos os interessados em desenvolver meios para que as Areias Descartadas de Fundição – ADF’s – possam contribuir para o desenvolvimento sustentável, ou seja, para que as fundições continuem exercendo seu papel na sociedade gerando empregos e impostos com responsabilidade socioambiental, administrando as ADF de forma que possam ser recicladas ou reutilizadas assim como é feito nos países ambientalmente mais avançados.
Procuramos disponibilizar informações sobre os caminhos para desenvolver e implantar tecnologias das soluções, incluindo a discussão de licenciamento e regularização legal.
Estaremos em constante desenvolvimento deste site. Em caso de dúvidas e sugestões,
Nota: As informações aqui disponibilizadas são de responsabilidade de quem as forneceu e/ou dos autores dos trabalhos publicados. A ABIFA é responsável pela compilação de dados e por suas opiniões que são publicadas em informes específicos e assinados
ATIVIDADES
A ABIFA desenvolve uma série de atividades sobre a situação das ADF’s no Brasil com o objetivo de buscar juntos com as empresas e a sociedade a normalização definitiva e a melhoria na eficiência técnica e ambiental das soluções existentes:
1- Demonstrar para as empresas que as ADF’s quando bem estudas e administradas corretamente, podem ter melhores custos e eficácia nos processos de regeneração, além de serem reutilizadas contribuindo para a preservação do meio ambiente e ou guardadas de forma eficiente em depósitos próprios licenciados para utilização no futuro.
2- Realizar pesquisas junto as empresas com o objetivo de obter informações sobre a real situação das ADF tais como: quantidades, características, composição, classificação, destinação, etc.
3- Realizar palestras envolvendo empresas e a sociedade na busca de conscientizar e viabilizar o trabalho em conjunto.
4- Realizar experimentos com asfalto em parceria com as empresas FAGOR, TUPY, Prefeitura de Extrema – MG, DNIT e Exército Brasileiro – IME – com o objetivo de estudar e tentar criar a primeira norma / referência.
5- Realizar reuniões e estudos em conjunto com ABNT objetivando viabilizar a criação de normas específicas.
6- Realizar pesquisas e contatos com entidades de classe e órgãos ambientais de outros países obtendo e organizando informações de com esses tratam a ADF possibilitando o embasamento para a definição de novas normas.
7- Organizar eventos onde serão apresentados os resultados dos trabalhos realizados e promover debates sobre os melhores caminhos para todos os envolvidos.
1) Primeira empresa do Brasil a viabilizar técnica e economicamente a utilização de ADF para fabricação de blocos de concreto para construção civil a www.recibloco.com.br desenvolve aplicações e soluções.
2) Experimento utilizando ADF em mistura asfáltica, realizado pela empresa Monobeton em 2001 no munícipio de Sto André – SP
3) Construção e operação de uma jazida exclusiva para guarda de ADF em MG. www.fagorbrasileira.com.br
4) Construção e operação de uma jazida exclusiva para guarda de ADF em SC. www.weg.com.br
5) Experimento utilizando ADF em mistura asfáltica, realizado pela empresa Metalcorte em parceria com a Universidade de Caxias do Sul – RG.
6) Experimento utilizando ADF em mistura asfáltica, realizado em convênio entre a ABIFA, FAGOR, TUPY, DNIT, IME e PREFEITURA MUNICIPAL DE EXTREMA-MG.
Contato: raquel@tupy.com.br
7) Primeira jazida exclusiva para guarda de ADF implantada por um grupo de empresas em conjunto. Realizado pelo SINDIMEI – Sindicato das Industrias de Itaúna – MG. www.intercast.com.br
A reutilização consiste no uso repetido de um produto ou substância em um determinado processo produtivo na sua forma original, isto é, sem processamento, exceto por processo de limpeza ou classificação. Dentro deste conceito a reutilização de ADF pode acontecer em atividades tais como: fabricação de concreto, construção civil em geral, material para construção, cobertura de aterros e na preparação de solos especiais.
Concreto: A areia de fundição pode ser utilizada como agregado fino em substituição a areia virgem na mistura do traço da argamassa de concreto.
Artefatos de concreto: A areia verde pode ser usada como substituta da areia natural na confecção de blocos ou pavimentos de concreto.
Tijolos e Telhas: A areia de fundição pode ser utilizada em substituição a concentrações de argila na fabricação de tijolos e telhas cerâmicas.
A areia de fundição pode ser aplicada como cobertura diária de aterros domésticos e também para cobertura final de aterros encerrados, por se tratar de uma mistura de areia e bentonita que confere propriedades ligantes da argila, funcionando como uma barreira hidráulica.
Para cada tonelada de resíduos de um aterro sanitário são necessários aproximadamente 200 Kg de areia de fundição para cobertura.
A areia de fundição pode ser utilizada como material de enchimento em substituição a areia natural. O produto é feito tipicamente da mistura da areia, cimento portland, cinzas, e água.
Esta mistura é usada geralmente como preenchimento de trincheiras, comumente chamada de “cama de assentamento” em canalizações de esgoto ou canalizações em geral, terraplanagem, bases ou sub-bases para estradas, escavações, fundos de tanques de estocagem, elevatórias,e em demais utilidades da construção civil.
O material de enchimento trata-se de uma camada intermediária entre as aplicações geotécnicas e de cimento portland.
A areia de fundição pode ser incorporada em compostos ou adubos para correção de solos e até nos processos de compostagem.
A presença de argila (bentonita) na areia de fundição aumenta a capacidade do solo em reter nutrientes e água.
Na compostagem a areia de fundição é usada no preenchimento das leiras.
Areias de fundição têm sido como um substituto para os agregados miúdos em misturas de pavimento asfáltico. Para o uso, os resíduos requerem trituração ou peneiramento com o objetivo de reduzir ou separar os materiais fora do tamanho que possam estar presentes.
A liga asfáltica encapsula os grãos de areia de fundição eliminando o risco de contaminação.
A areia de fundição pode ser reutilizada na massa asfáltica nas etapas de base, sub-base e cobertura da pavimentação.
O envio e a disposição das ADF em aterros industriais constituem-se atualmente a única solução legalmente constituída, sem a necessidade de novos licenciamentos, além daqueles necessários a implantação e operação destas áreas.
Sob o ponto de vista ambiental a formação de aterros constitui-se na criação de passivos ambientais, nos quais as ADF são misturadas a outros resíduos, em geral com maior potencial de contaminação. Além disso, a formação de aterros, sejam eles próprios ou de terceiros, acarretam no aumento do processo de desertificação, reduzindo o espaço de áreas produtivas, agrícolas, habitáveis ou de preservação. Acarretam grande risco para as empresas de fundição devido ao grande volume gerado de ADF e ao seu aspecto, e em caso de contaminação por acidente são responsabilizadas devido ao pouco conhecimento existente dos reais impactos deste material.
Sob o ponto de vista econômico é inviável para a grande maioria das empresas devido ao custo de transporte e disposição, especialmente quando é necessária adoção de aterros e transporte terceirizados, contudo é largamente adotada por tratar-se da opção legal disponível as fundições.
Atualmente para construir um depósito exclusivo de ADF os projetos devem ser concebidos com base nas normas aplicáveis à construção de aterro Classe IIA, indicado para a disposição de resíduos não perigosos e não inertes.
Esses projetos preconizam a adoção de controles tais como a geração de gases e o tratamento de chorume, além do alto investimento requerido para o nível de rigidez para sua construção e operação e prazo de implantação de no mínimo um ano devido aos processos de licenciamento ambiental.
Entretanto, as características de composição e lixiviação das AFD poderiam oferecer dados aos projetos executivos dos aterros para limitar os controles aplicados a disposição adequada do resíduo e potencializar futuras aplicações deste material transformando estas áreas em depósitos para o futuro manejo do minério ali disposto.
Esta solução apresenta-se de médio prazo para empresas que tenham espaço dentro do próprio site ou fora dele, desde que atendidos os padrões técnicos necessários.
É uma solução ideal para empresas que tenham maiores volumes de descarte. Empresas com volumes menores podem se unir em “consórcios”, porém o controle deverá ser maior para evitar lançamentos e contaminações por outros resíduos.
Na busca de soluções sustentáveis para as Areias Descartadas de Fundição (ADF’s) podemos destacar que o mais importante é desenvolver caminhos diferenciando suas características, vantagens e dificuldades. Somente com um trabalho de aprimoramento de cada caso, será possível encontrar a saída adequada, a longo prazo, que atenda aos interesses da coletividade.É importante salientar que o trabalho desenvolvido pela ABIFA, não propõe que as ADF sejam liberadas para qualquer atividade sem os cuidados adequados ao seu manejo, desde sua geração até a destinação final.
O objetivo do desenvolvimento das soluções para ADF é torná-las cada vez mais conhecidas pelas empresas geradoras e destinadas corretamente de acordo com suas características físico-químicas, classificações ambientais e possibilidades de reutilização e armazenamento.
É um processo de reciclagem no qual a areia é calcinada em fornos rotativos ou em câmaras de leito fluidizado para remoção de compostos orgânicos. Este processo permite novamente o uso da areia diretamente no processo de fundição, reduzindo consideravelmente a compra de areia nova e sua disposição.
É um processo de reciclagem onde os materiais aderentes aos grãos de areia são removidos através de impactos, pela fragmentação mecânica entre os grãos e o equipamento (atrição) ou através de agitação de uma suspensão de areia em água.
A geração de resíduos nos processos de regeneração ou recuperação podem variar significativamente – entre 2 até 75 percentuais não recicláveis para a fundição. Além disso as fundições que optarem por esta alternativa devem avaliar o investimento para sua instalação e a diversidade das características das areias decorrentes de diferentes processos de moldagem e macharia que fazem com que seja necessária a composição de várias etapas de tratamento.
Continuaremos desenvolvendo esta atividade e manteremos aqui informações atualizadas para gerenciamento de resíduos de fundição, incluindo reutilização.
– ABNT NBR 15702 – Areia Descartada de Fundição – Diretrizes para Aplicação em asfalto e em aterro sanitário.
– ABNT NBR 15984 – Areia Descartada de Fundição – Central de processamento,armazenamento e destinação.
Um outro projeto de norma está em estudo: Areia descartada de fundição – Diretrizes gerais para uso.