Tupy reporta resultado operacional impactado pela pandemia, mas ciclo de crescimento já foi retomado
Com a pandemia do novo Coronavírus e a consequente paralisação das atividades dos seus principais clientes ao redor do mundo, as receitas da Tupy no segundo trimestre atingiram R$ 644,9 milhões, o que equivale a uma queda de -54,1% em relação ao mesmo período de 2019.
Já o seu EBITDA Ajustado foi – 0,4%, graças à diluição de custos fixos decorrente da queda dos volumes. O resultado líquido da empresa registrou prejuízo de R$ 82,8 milhões, também decorrente da redução do resultado operacional.
Apesar dos efeitos da paralisação, a Tupy encerrou o segundo trimestre com sólida posição de caixa, superior a R$ 1,2 bilhão. Segundo Fernando de Rizzo, CEO da empresa, “o plano que adotamos para enfrentar a crise gerada pela COVID-19 teve como objetivo preservar a saúde das pessoas e do negócio e manter os clientes abastecidos. Nossas ações preservaram a situação financeira favorável da empresa, o caixa fortalecido e conduzimos múltiplas iniciativas de redução de custos, que beneficiarão a companhia nos próximos trimestres. Redimensionamos toda a estrutura de custos, avançamos em projetos de eficiência, desligamos ativos ineficientes e ainda preservamos a nossa capacidade produtiva, com custos estruturalmente inferiores”.
O mês de julho, por sua vez, foi marcado pelo aumento significativo dos volumes comercializados, com crescimento de 68% em relação à média do segundo trimestre. Este mês a empresa também observou o retorno das margens aos patamares anteriores à crise.
“Temos observado a recuperação de diversos indicadores econômicos que afetam a demanda por aplicações utilizadas em segmentos importantes para o nosso negócio, como veículos comerciais leves e máquinas agrícolas, que têm apresentado recuperação acima das expectativas. Outros segmentos devem se beneficiar de um novo ciclo de crescimento entre 2020 e 2021, sendo que novos programas de estímulos governamentais e marcos regulatórios, como o do saneamento, devem acelerar esta recuperação. Não perdemos nenhum contrato durante a crise e estamos prontos para capturar novas oportunidades”, finaliza Rizzo.