Após terceiro ano de recuperação do setor automotivo, ANFAVEA prevê novas altas em 2020

De acordo com a ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, 2019 foi o terceiro ano consecutivo de recuperação nos volumes de vendas e produção do setor.

O Brasil fechou o ano com 2,57 milhões de autoveículos licenciados (8,6% mais do que em 2018), o que deve levar o país a saltar da 8ª para a 6ª posição no ranking global, superando França e Reino Unido. Os números de fechamento dos outros países ainda são provisórios, mas tudo indica que o Brasil só ficará atrás da China, EUA, Japão, Alemanha e Índia.

O mercado interno foi o responsável pela alta da produção automotiva em 2019, que ficou em 2,3% em relação ao ano anterior.

As exportações, por outro lado, caíram 31,9%, em função principalmente da aguda crise argentina.

Internamente, o segmento de caminhões foi o principal destaque positivo, com alta de 33,2% nos emplacamentos e de 7,5% na produção. Os ônibus também apresentaram forte recuperação, com crescimento de 38,8%.

Já o setor de máquinas agrícolas e rodoviárias teve recuo de 8,4% nas vendas e de 19,1% na produção, com alta de 1,5% nas exportações.

Projeções para 2020

Nas palavras de Luiz Carlos Moraes, presidente da ANFAVEA, “todos os indicadores da economia brasileira apontam para um ano de recuperação mais robusta: Alta de 2,5% no PIB, inflação controlada, emprego em leve recuperação, juros mais baixos e maior confiança do consumidor”.

Com base neste cenário, a entidade prevê um aumento de 9,4% no licenciamento de autoveículos e de 7,3% na produção, apesar da retração nas exportações estimada em 11%.

Para o setor de máquinas, a Anfavea projeta crescimento de 5,4% na produção e de 2,9% nas vendas.

Segundo Moraes, “são números mais animadores que os do ano passado, mas ainda insuficientes para que retomemos os picos de vendas e produção verificados um pouco antes da grave crise de 2014 a 2016. O Brasil está no sentido correto das reformas estruturais e do saneamento da máquina pública, mas precisa ser ainda mais ambicioso no sentido de avançar nas reformas e privatizações, e sobretudo no ataque ao Custo Brasil. Só teremos uma recuperação duradoura quando o país eliminar os gargalos tributários, logísticos e burocráticos que prejudicam toda a indústria”.