Desempenho da indústria de fundição segue em alta, com destaque para demanda interna e queda das exportações
A produção de fundidos nos sete primeiros meses do ano ficou em 1.326.744 t, o que equivale a um incremento de 4% em relação ao mesmo período de 2017. Estes dados foram apresentados pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição em reunião Plenária realizada no dia 28 de agosto.
Este volume é composto por 1.081.203 t de ferro (5,2% mais do que em 2017), 131.907 t de aço (+21,8%) e 113.634 t de metais não ferrosos (-18,8%), dos quais : 12.171 t de cobre (+1,2%), 668 t de zinco (-4,5%), 97.855 t de alumínio (-21,1%) e 2.940 t de magnésio (-8,7%).
Tabela 1 – Produção acumulada de fundidos entre janeiro e julho de 2018. | |||
Metal | Jan-Jul 2018 (t) | Jan-Jul 2017 (t) | 2018/2017 (%) |
Ferro | 1.081.203 | 1.027.337 | 5,2 |
Aço | 131.907 | 108.317 | 21,8 |
Não ferrosos (total)
Cobre Zinco Alumínio Magnésio |
113.634
12.171 668 97.855 2.940 |
139.930
12.021 699 123.989 3.220 |
-18,8
1,2 -4,5 -21,1 -8,7 |
TOTAL | 1.326.744 | 1.275.584 | 4,0 |
A distribuição setorial das vendas de peças fundidas acabadas em aço, cuja alta acumulada do ano foi a maior até então (21,8%), compreende principalmente os setores de mineração (28%); tratores de esteira, máquinas e implementos rodoviários (25%); indústria de açúcar e derivados (13%) e ferroviário (11%).

Distribuição por setores da produção de peças acabadas fundidas em aço.
Já a produção de fundidos em ferro, que aumentou 5,2% entre janeiro e julho de 2018, em comparação a 2017, é destinada principalmente aos segmentos automotivo (51%), exportações (21%), bens de capital (12%), infraestrutura (6%) e siderurgia (5%).

Distribuição por setores da produção de peças acabadas fundidas em ferro.
Na contramão do crescimento, o destaque (negativo) ficou por conta do alumínio, cuja baixa foi de 21,1%. As peças fundidas nestas ligas são destinadas em especial aos setores automotivo (74%), de bens de capital (11%), infraestrutura (8%) e exportações (3%).

Distribuição por setores da produção de peças acabadas fundidas em alumínio.
Aqui, vale um comentário feito por praticamente todos os associados presentes em nossas reuniões Plenárias: Tendo em vista que 58% da produção de fundidos no país é destinada à indústria automotiva, não “fecha a conta” o fato dela ter crescido 13% nos sete primeiros meses do ano (1,68 milhão de unidades), em comparação ao mesmo período de 2017, segundo a ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, enquanto o desempenho do setor de fundição ficou positivo em (somente) 4%. A diferença é gritante!
Voltando aos números do setor no exercício 2018, temos que as exportações de fundidos somaram 225.482 t até julho, contra 235.691 t nos sete primeiros meses de 2017. Em valores, em função da flutuação cambial, a baixa foi de 0,7%.
Tabela 2 – Exportações acumuladas de fundidos entre janeiro e julho de 2018, em peso e valores. | ||||||
Metal | Jan-Jul 2018 (t) | Jan-Jul 2017 (t) | 2018/2017 (%) | Jan-Jul 2018 (mil US$ – FOB) | Jan-Jul 2017 (mil US$ – FOB) | 2018/2017 (%) |
Ferro | 205.957 | 216.890 | -5,0 | 448.677,7 | 456.267,2 | -1,7 |
Aço | 16.604 | 16.317 | 1,8 | 43.050,5 | 41.704,9 | 3,2 |
Não ferrosos | 2.922 | 2.483 | 17,6 | 9,024,4 | 6.496,6 | 38,9 |
TOTAL | 225.482 | 235.691 | -4,3 | 500.752,5 | 504.468,7 | -0,7 |
É sabido que durante a crise, as exportações foram a “tábua de salvação” de muitas fundições, que agora voltam-se ao mercado interno, cuja demanda de fundidos aumentou 5,9% no acumulado do ano, ficando em 1.101.262 t.
Para atendê-los, o número de pessoal empregado nas fundições brasileiras segue aumentando, tendo ficado em 55.072 profissionais em julho deste ano, 0,6% mais do que em junho imediatamente anterior e 5,2% mais do que em julho de 2017.
Dados os números apresentados e a tendência histórica de melhora no segundo semestre, a ABIFA mantém a estimativa de crescimento do setor em 6% a 7% no exercício 2018.
Fonte: Assessoria de imprensa | ABIFA