Indústria automotiva inicia 2021 com o anúncio de fechamento de fábricas e novos investimentos
Após o anúncio da expectativa de crescimento de +25% em 2021, a indústria automotiva foi “surpreendida” com o anúncio do encerramento das operações brasileiras de manufatura da Ford nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Troller (Horizonte, CE).
A indústria nacional reagiu imediatamente ao anúncio oficial da montadora, chamando a atenção para a necessidade de redução do Custo Brasil. Em comunicado, a CNI – Confederação Nacional da Indústria avalia que “a decisão da Ford é um sinal de alerta para os governos federal, de Estados e municípios, além do Congresso Nacional, sobre a necessidade de aprovar, com urgência, medidas para a redução do Custo Brasil. Entre elas, a Reforma Tributária se apresenta como a prioritária para a redução do principal entrave à competitividade do setor industrial brasileiro”.
Em dezembro, a Mercedes-Benz já havia comunicado o encerramento da produção da sua fábrica de veículos premium instalada em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Mas, ao contrário da Ford, manterá as unidades de produção de caminhões e chassis de ônibus em São Bernardo do Campo (SP) e cabinas de caminhões em Juiz de Fora (MG).
A GM, por sua vez, foi a marca que obteve a melhor performance em 2020, atingindo participação de mercado de 17,4% e 338,6 mil unidades vendidas. Como resultado, Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul, anunciou que os investimentos planejados pela montadora previamente à pandemia estão sendo retomados. “Os aportes somam R$ 10 bilhões no Estado de São Paulo e são estratégicos para o desenvolvimento e a produção de veículos inéditos, além da ampliação da oferta de equipamentos, entre eles os exclusivos OnStar e o Wi-Fi nativo”.
Somando o plano do quinquênio anterior, de R$ 13 bilhões, a GM aportará o maior montante de investimentos de uma empresa na história da indústria automotiva brasileira no período de uma década.

Unidade da GM em São Caetano do Sul (SP)