Indústria, comércio e serviços mostram indicadores positivos em maio
Segundo estudo divulgado pelo IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, os efeitos da segunda onda da Covid-19 foram menos intensos e com menor duração, se comparados aos da fase inicial da pandemia.
Após retração verificada em março, o comércio e serviços mostraram recuperação já nos meses seguintes. A estimativa do IPEA é de crescimento de +1,3% da receita do setor de serviços no mês de maio.
Com relação às vendas do comércio, o Instituto prevê um aumento de +3,9% na margem em maio, com crescimento interanual de +25,8%.
Outros setores da economia, por sua vez, estão sendo estimulados pela recuperação da economia global, acompanhada pela aceleração dos preços internacionais das commodities e pela desvalorização cambial do real frente ao dólar, o que torna os produtos nacionais mais competitivos.
O bom desempenho do agronegócio e das indústrias extrativas impulsionados por esses fatores tem aumentado também a demanda por bens de capital ao longo do primeiro quadrimestre de 2021.
Enquanto as indústrias extrativas têm respondido positivamente à demanda externa, o setor manufatureiro seguiu nos últimos meses um processo de ajustamento dos níveis de estoques, que encerraram 2020 em patamar bastante inferior ao considerado ideal pelos empresários. Esse fator foi importante para compensar o comportamento da demanda e contribuiu positivamente para o resultado do PIB no primeiro trimestre. A estimativa do IPEA é de que a produção industrial tenha avançado +1,4% em maio, sem efeitos sazonais.
A rápida recuperação verificada em boa parte dos indicadores de atividade, em resposta à queda ocorrida no mês de março, também se refletiu nos indicadores de confiança dos agentes. Embora generalizada, esta melhora foi mais intensa entre os empresários, enquanto os consumidores seguem com um sentimento ainda contaminado pelas condições adversas do mercado de trabalho.