Indústria de fundição cresce +20,3% em 2021

Segundo balanço publicado pela ABIFA – Associação Brasileira de Fundição, em 2021 o setor produziu 2,70 milhões de t de fundidos, entre ferro fundido (+25,5%), aço (+3,9%) e metais não ferrosos (+8,5%). Nesta categoria, estão incluídos os metais cobre (+51,5%), zinco, alumínio (+1,5%), magnésio e chumbo (+10,0%); este último incluído pela primeira vez no levantamento da entidade.

As fundições de chumbo, fabricantes em especial de peças para bateria, estão concentradas principalmente nos Estados de Santa Catarina (49,0%), Paraná (48,0%) e São Paulo (30,2%).

Tab. 1 – Comparação interanual (2021/2020) da produção brasileira de fundidos.
Metais 2021 (t) 2020 (t) 2021/2020(%)
Ferro 2.036.521 1.622.153 25,5
Aço 267.065 256.933 3,9
Não ferrosos 402.768 371.088 8,5
·         Cobre 33.068 21.828 51,5
·         Zinco 1.176 1.176
·         Alumínio 168.484 166.045 1,5
·         Magnésio 5.040 5.039
·         Chumbo 195.000 177.000 10,0
Total 2.706.354 2.250.174 20,3
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

A distribuição regional da produção de fundidos em 2021 pode ser conferida na tabela 2.

Tab. 2 – Comparação interanual (2021/2020) da produção brasileira de fundidos por Região do país
Região 2021 (t) 2020 (t) 2021/2020(%)
Centro MG 601.075 487.758 23,2
Norte/NE 100.262 74.432 34,7
Rio de Janeiro 172.110 181.615 (5,2)
São Paulo 615.854 539.588 14,1
Sul 1.217.053 816.781 49,0
Total 2.706.354 2.250.174 20,3
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

O volume de produção de alcançado no acumulado de 2021 (2,70 milhões de t) superou em +8,25% a previsão da ABIFA, que estimava em 2,50 milhões t o desempenho do setor em 2021.

Mercado interno

Do total produzido pelo setor, pouco mais de 2,35 milhões t foram absorvidos no mercado interno (+/- 87%).

No comparativo com 2020, a demanda brasileira de fundidos aumentou +18,1. Em relação a 2019, a alta foi de +22,2%.

Os principais protagonistas deste aumento de demanda em 2021 foram os segmentos relacionados ao agronegócio, bens de capital, ferroviário, máquinas rodoviárias e infraestrutura, que absorveram a fatia de mercado perdida pela indústria automotiva, prejudicada pela crise de semicondutores.

grafico

Mercado externo

O volume de fundidos exportados pelo Brasil em 2021 foi de 354.979 t, o equivalente a uma alta de +36,6% sobre 2020.

O detalhamento das quantidades embarcadas, em função do tipo de metal, está discriminado na tabela 3.

Tab. 3 – Comparação interanual (2021/2020) das exportações brasileiras de fundidos, em peso (t).
Metal 2021 (t) 2020 (t) 2021/2020(%)
Ferro 316.004 228.872 38,1
Aço 34.059 28.035 21,5
Não ferrosos 4.916 2.964 65,9
Total 354.979 259.871 36,6
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Em valores, as exportações de peças fundidas aumentaram +15,6% em 2021, no comparativo com o ano anterior, conforme apresentado na tabela 4.

Tab. 4 – Comparação interanual (2021/2020) das exportações brasileiras de fundidos, em valores (t).
Metal 2021 (mil US$ – FOB) 2020 (mil US$ – FOB) 2021/2020(%)
Ferro 534.001,7 492.854,1 8,3
Aço 119.832,9 78.349,2 52,9
Não ferrosos 14.389,7 6.817,9 111,1
Total 668.224,2 578.021,2 15,6
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Emprego

O crescimento da indústria de fundição em 2021 foi acompanhado pelo aumento do número de empregos gerados pelo setor. Em dezembro, o número de colaboradores do segmento somara 62.944 pessoas; +12,1% em relação ao mesmo mês de 2020.