Indústria de fundição – Números do setor indicam crescimento consistente em 2021

No mês de maio, a indústria de fundição voltou a crescer no comparativo mensal, após uma pequena queda em abril (-2,4%). No total, foram 218.470 t fundidas, entre ferro fundido, aço e metais não ferrosos, configurando uma alta de +3,1% em relação ao mês imediatamente anterior.

No acumulado do ano, de janeiro a maio, 1,02 milhão de toneladas de peças fundidas foram produzidas no país, o que equivale a um crescimento de +25,1% em relação ao mesmo período de 2020.

 

Tab. 1 – Comparação mensal (maio/abril 2021) e interanual (janeiro-maio 21/20) da produção brasileira de fundidos
Metal Mai/21

(t)

Abr/21

(t)

Mai / Abr 21

(%)

Jan-Mai/21

(t)

Jan-Mai/20

(t)

Jan-Mai 21/20 (%)
Ferro 177.170 171.737 3,2 826.763 625.462 32,2
Aço 22.759 22.505 1,1 109.273 108.157 1,0
Não ferrosos 18.541 17.735 4,5 89.806 86.601 3,7
Cobre 2.878 2.801 13.097 9.186 42,6
Zinco 98 98 490 490
Alumínio 15.145 14.416 5,1 74.118 74.826 (0,9)
Magnésio 420 420 2.100 2.100
Total 218.470 211.977 3,1 1.025.842 820.221 25,1
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

No entanto, há de se considerar que 2020 foi um ano “atípico”, em razão de todos os efeitos da pandemia da COVID-19 na economia brasileira, após abril. Assim, aqui reportaremos também os números de 2019, quando o setor de fundição vinha registrando um crescimento consistente desde a crise de 2016.

Em 2019, de janeiro a maio, o setor produziu 972.932 t, de modo que no comparativo com 2021, observamos no atual exercício um crescimento de +5,5%, o que nos permite afirmar que a retomada do segmento segue em curso ascendente.

Os dados são da ABIFA – Associação Brasileira de Fundição.

grafico

Do total produzido em maio, 188.136 t foram consumidas no mercado interno, o que equivale a aproximadamente 86%. Esta demanda é puxada principalmente pelo mercado automotivo (caminhões) e segmentos relacionados ao agronegócio.

O restante (30.334 t) foi exportado. Em relação a abril/21, houve uma queda de -5% das exportações em maio.

De janeiro a maio de 2021, a indústria de fundição exportou 145.934 t. Neste mesmo período em 2020 e 2019, os embarques do setor totalizaram: 103.272 t (+41,3%) e 152.168 t (-4,1%).

 

Tab. 2 – Comparação mensal (maio/ abril 2021) e interanual (janeiro-maio 21/20) das exportações brasileiras de fundidos, em peso (t).
Metal Mai/21

(t)

Abr/21

(t)

Mai/ Abr 21

(%)

Jan-Mai/21

(t)

Jan-Mai/20

(t)

Jan-Mai 21/20 (%)
Ferro 25.967 29.317 (11,4) 130.856 90.633 44,4
Aço 3.928 2.168 81,2 13.042 11.488 13,5
Não ferrosos 439 455 (3,5) 2.036 1.151 76,9
Total 30.334 31.940 (5,0) 145.934 103.272 41,3
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Em valores, dada a questão cambial, tanto o comparativo mensal quanto interanual (20/21) das exportações ficou positivo: +9,3% (maio/abril 21); +47,8% (jan-maio 20/21).

Em relação a 2019, temos uma queda da ordem de -9,6% das exportações do setor, em valores.

Tab. 3 – Comparação mensal (maio/ abril 2021) e interanual (janeiro-maio 21/20) das exportações brasileiras de fundidos, em valores.
Metal Mai/21

(mil US$ – FOB

Abr/21

(mil US$ – FOB

Mai/ Abr 21

(%)

Jan- Mai /21 (mil US$ – FOB) Jan- Mai/20

(mil US$ – FOB)

Jan- Mai 21/20 (%)
Ferro 54.601,9 55.541,7 (1,7) 247.644,5 170.473,4 45,3
Aço 14.526,0 7.554,4 92,3 44.502,0 28.349,5 57,0
Não ferrosos 1.281,6 1.305,1 (1,8) 5.715,5 2.690,3 112,4
Total 70.409,5 64.401,2 9,3 297.862,0 201.513,2 47,8
Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Em maio, a indústria de fundição empregou 60.882 trabalhadores.

Este número é +1,3% superior ao de abril/21; +15,8% superior ao de maio/20 (52.555 pessoas) e +13,20% maior do que o de maio/19 (53.796 pessoas), refletindo a confiança do empresário de fundição nos próximos meses.

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Fonte: ABIFA – Associação Brasileira de Fundição