Com melhora da atividade econômica, intenção de investir em 2020 aumenta
A consolidação da recuperação da atividade e as expectativas otimistas dos empresários aumentaram a disposição da indústria para investir nos próximos seis meses. O índice de intenção de investimentos subiu 1,1 ponto na comparação com dezembro, atingindo 59,2 pontos em janeiro. Trata-se do quarto aumento consecutivo do indicador, que alcançou o maior nível desde fevereiro de 2014.
Os dados são da pesquisa Sondagem Industrial, realizada pela CNI – Confederação Nacional da Indústria. O levantamento foi feito entre os dias 6 e 17 de janeiro, com 1.965 indústrias de todo o país (744 pequenas, 711 médias e 510 de grande porte).
De acordo com a pesquisa, todos os indicadores de expectativas estão acima dos 50 pontos. Isso mostra que os empresários esperam o crescimento da demanda, das exportações, das compras de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.
Outro dado revelado pela pesquisa refere-se à utilização da capacidade instalada, que ficou em 63% em dezembro (2 pontos percentuais acima do registrado em dezembro de 2018). O índice é o maior para o mês de dezembro desde 2010, quando começou a série.
Segundo a entidade, “a indústria encerrou 2019 em nível de atividade relativamente mais intenso do que o observado no mês de dezembro de anos anteriores.
Os empresários também perceberam uma melhora das condições financeiras no quarto trimestre de 2019. Pelo segundo trimestre consecutivo, os indicadores de satisfação com os lucros (45,8 pontos) e com a situação financeira (50 pontos) das empresas aumentaram.
Além disso, o índice de facilidade de acesso ao crédito registrou crescimento de 2,8 pontos no quarto trimestre, em relação ao terceiro, ficando em 43,2 pontos. Foi o sexto aumento consecutivo do indicador, que está 3,5 pontos acima da média histórica.
Com relação aos obstáculos ao crescimento, foram apontados os seguintes problemas:
- Elevada carga tributária (43,6%)
- Demanda interna insuficiente (29,6%)
- Competição desleal (18,7%)
- Falta ou alto custo da matéria-prima (18,7%)
- Falta de capital de giro (17,3%)