Primeiro bimestre é de alta para a indústria de fundição
A produção de fundidos no primeiro bimestre de 2019 somou 364.358 t, o que equivale a uma alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado e de 10,4% frente a 2017.
Deste total, a maior parcela foi de ferro (291.046 t), seguida do aço (41.787 t) e dos metais não ferrosos (31.525 t).
No comparativo com 2017, no entanto, o que chama a atenção é o incremento da produção de fundidos em aço (+20,3%), enquanto a de ferro fundido aumentou 1,4% e a de metais não ferrosos caiu (-4,7%).
Tabela 1 – Comparativo da produção acumulada de fundidos no primeiro bimestre de 2019. | |||
Metal | Jan-Fev 2019 (t) | Jan-Fev 2018 (t) | 2019/2018 (%) |
Ferro | 291.046 | 287.000 | 1,4 |
Aço | 41.787 | 34.737 | 20,3 |
Não ferrosos (total) | 31.525 | 33.079 | (4,7) |
Cobre | 3.426 | 3.452 | (0,8) |
Zinco | 196 | 192 | 2,1 |
Alumínio | 27.063 | 28.595 | (5,4) |
Magnésio | 840 | 840 | – |
Total | 364.358 | 354.816 | 2,7 |
Nos dois primeiros meses do ano, o consumo de fundidos no mercado interno ficou em 307.354 t, tendo aumentado 4,6% em relação a 2018.
A indústria automotiva segue como a principal consumidora de fundidos no país (50,4%), embora o seu crescimento continue superando o desempenho da indústria de fundição. Para se ter ideia, entre janeiro e fevereiro, foram produzidos 455,3 mil veículos no Brasil, o que representa uma elevação de 5,3% frente aos 432,2 mil fabricados no mesmo período do ano passado.
As exportações de fundidos, por outro lado, caíram tanto em peso (-6,5%) quanto em valores (-8,2%).
Os embarques de peças em ferro fundido (51.321 t), que caíram 8% em relação a 2018, foram os principais responsáveis pela diminuição das exportações neste primeiro bimestre.
As exportações de aço (4.665 t) e metais não ferrosos (1.018 t), em contrapartida, aumentaram 5,3% e 34,6%, respectivamente, na mesma base de comparação.
Neste primeiro bimestre, as exportações representaram 15,6% do total de fundidos produzidos no país.
Tabela 2 – Exportações acumuladas de fundidos no primeiro bimestre de 2019, em peso e valores. | ||||||
Metal | Jan-Fev 2019 (t) | Jan-Fev 2018 (t) | 2019/2018 (%) | Jan-Fev 2019 (mil US$ – FOB) | Jan-Fev 2018 (mil US$ – FOB) | 2019/2018 (%) |
Ferro | 51.321 | 55.765 | (8,0) | 106.802,0 | 119.213,7 | (10,4) |
Aço | 4.665 | 4.432 | 5,3 | 14.047,8 | 12.974,2 | 8,3 |
Não ferrosos | 1.018 | 757 | 34,6 | 2.689,1 | 2.342,5 | 14,8 |
TOTAL | 57.004 | 60.953 | (6,5) | 123.538,9 | 134.530,4 | (8,2) |
Para atender a essa demanda, o número de pessoal empregado nas fundições tem aumentado mês a mês. Em fevereiro, eram 55.807 colaboradores, 6,1% mais do que no mesmo mês de 2018.
Com isso, a produtividade do setor está em 41,4 t/h.a. O pior índice foi registrado nos meses de maio e junho de 2016: 37,7 t/h.a. Desde então, ele vem melhorando, acompanhando a recuperação da indústria brasileira.
Previsões
As estimativas da ABIFA, com base em números oficiais de seus principais mercados consumidores, são de que o setor de fundição deverá ter um incremento de produção/tonelagem fundida de 7% em 2019 (2,44 milhões de toneladas).
Estes números deverão evoluir a uma taxa anual de crescimento de aproximadamente 7%, com a produção chegando a 3,20 milhões de toneladas em 2023.
A atual capacidade instalada do setor é de 4 milhões de toneladas anuais.