Setor de máquinas e equipamentos já registra crescimento interanual de +4,4%

Os resultados do setor de máquinas e equipamentos consolidaram a normalização das atividades produtivas do segmento em agosto, quando a sua receita total somou R$ 12,5 bilhões; crescimento interanual de +4,4%, já descontado a inflação.

Este foi o segundo resultado positivo desde março. Em termos absolutos, o setor de máquinas e equipamentos retornou ao mesmo patamar de faturamento mensal do ano passado, apesar da sequência de retrações entre os meses de março e junho ainda interferirem no resultado acumulado.

Até agosto, a receita total do setor encolheu -3,4%, segundo a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos.

O mercado interno é o responsável pela recomposição das receitas no segundo semestre. As suas vendas cresceram +16,5% em agosto, após avanço de +29,7% em julho, na comparação com agosto de 2019. Esses resultados reverteram a queda das receitas internas no acumulado do ano, cujas vendas avançaram +0,7%.

De acordo com a entidade, o setor de máquinas caminha para uma estabilidade próxima à observada no pré-pandemia. “Caso essa reorganização da atividade industrial ganhe força no país, será possível retomar a expectativa de investimentos em 2021”.

Por outro lado, as receitas de exportação apresentaram forte queda pelo sexto mês consecutivo, com a retração de -37,7% (em dólar) na comparação com agosto de 2019, após quedas em julho (-33,3%) e junho (-35,6%).

Com estes resultados, as receitas de exportação encolheram -28,3% no acumulado do ano. A ABIMAQ afirma que retomada do setor tarda, em grande medida, devido à brusca queda das exportações. “Mesmo com o câmbio desvalorizado, as vendas em valor são insuficientes para compensar a diminuição das vendas em volume para clientes externos”.

Com relação às importações, tivemos um recuo de -46,2% em agosto, na comparação interanual, e de -6,4% no acumulado do ano.

Assim, o consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos caiu -10% em agosto, em razão justamente do encolhimento das importações. Todavia, o consumo aparente avança +6,6% no acumulado do ano.