Setor de máquinas e equipamentos tem recuo menos agressivo em maio
Segundo dados divulgados pela ABIMAQ, em maio a indústria de máquinas e equipamentos registrou queda no faturamento pelo segundo mês consecutivo.
A recuperação das receitas do setor observada no primeiro trimestre foi revertida em abril com a queda de -25,5%, o que rebaixou o faturamento para R$ 7,9 bilhões. Em maio, houve aumento do faturamento em termos absolutos (R$ 9,5 bilhões), mas queda de -13,7% no comparativo com o mesmo mês de 2019.
Com isso, a receita total do setor registrou R$ 46,3 bilhões no acumulado de janeiro a maio, representando uma retração de -7,7% no ano.
No mercado doméstico, as receitas retraíram -14,3% em maio. A boa notícia é que essa queda foi menos brusca do que a observada em abril (-26,2%). Todavia, no somatório do ano, as receitas internas encolheram -7,4% frente a 2019.
No acumulado do ano, no entanto, o consumo aparente (total de máquinas e equipamentos absorvidos) cresceu 12,2% em 2020.
O desmembramento do consumo aparente mostra o aumento da participação das máquinas importadas a partir de 2018. Em contrapartida, as vendas internas permanecem constantes. No mês de maio, a queda de -10,7% do consumo aparente refletiu a forte queda das importações.
Com relação às exportações, a desaceleração dos mercados internacionais contribuíram para que os embarques do setor de máquinas e equipamentos atingissem US$ 516 milhões em maio; um recuo de -34,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, as receitas de exportações já contabilizam queda de -23,6%.
A desaceleração da atividade produtiva em razão da pandemia é percebida também no nível de utilização da capacidade instalada do setor, que permanece na casa dos 70%.