Setor de máquinas e equipamentos tem recuos menos agressivos a cada mês
Após quatro meses de pandemia, os últimos resultados do setor de máquinas e equipamentos têm apontado para uma queda menos brusca da sua receita total. De acordo com a ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em junho as receitas líquidas recuaram -12,4%, depois de quedas em maio (-14,1%) e abril (-25,6%).
Com isso, no segundo trimestre o setor encolheu -17,4% na comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano (janeiro a junho), o faturamento do segmento caiu -8,5%
Ainda que a receita total nos últimos três meses tenha retraído, esses resultados têm sido menos negativos a cada mês, por conta das receitas internas. Em junho, as receitas internas encolheram -10,1% na comparação interanual; queda menos densa que a observada em maio (-14,9%) e abril (- 26,5%). Tal resultado reforça a hipótese de que a economia brasileira já tenha vivenciado o pior momento da pandemia, de acordo com a entidade.
Por outro lado, as receitas de exportação do setor de máquinas e equipamentos apresentaram forte queda pelo quarto mês consecutivo. Em junho, as exportações em dólar retraíram -35,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, após queda de -34,7% em maio e -41,6% em abril. Com isso, as receitas de exportação encolheram -25,4% no primeiro semestre.
Já as importações de máquinas e equipamentos recuaram -32,5% em junho, na comparação interanual. No entanto, como o primeiro trimestre registrou forte penetração de máquinas no país, as importações acumularam saldo positivo de 6,2% nos seis primeiros meses do ano.
Ainda que o faturamento do mercado interno tenha caído -7,6% em 2020, o consumo aparente (total de máquinas e equipamentos absorvidos) cresceu 7,9%, puxado pelo desempenho positivo das importações antes da crise.