WEG apresenta resultado sólido e consistente no 1T20, mas cenário à frente é desafiador

Balanço divulgado pela WEG revelou que o desempenho do grupo no primeiro trimestre do ano foi positivo em praticamente todas as áreas.

A sua Receita Operacional Líquida foi de R$ 3.714,4 milhões no 1T20; 26,7% superior ao 1T19 e 1,7% inferior ao 4T19.

Já o EBITDA atingiu R$ 619,1 milhões; 34,1% superior ao 1T19 e 7,1% inferior ao 4T19, enquanto a margem EBITDA de 16,7% foi 1,0 ponto percentual maior do que no 1T19 e 0,9 ponto percentual menor do que no trimestre anterior.

O Retorno Sobre o Capital Investido (ROIC) atingiu 20,7% no 1T20; crescimento de 2,7 pontos percentuais em relação ao 1T19 e crescimento de 0,5 ponto percentual em relação ao 4T19.

Segundo comunicado da empresa, estes resultados positivo são reflexo de “uma boa demanda da indústria em regiões importantes e aumento de participação em mercados relevantes para nossa estratégia de crescimento”.

No Brasil, os negócios da WEG demonstraram continuação da tendência de melhora na atividade industrial observada nos últimos trimestres. Indústrias importantes, como papel e celulose, mineração e açúcar e álcool, tiveram boa demanda por produtos tanto de ciclo curto quanto de ciclo longo.

Os negócios ligados à área de geração, distribuição e transmissão de energia (GTD) também mostraram bom desempenho, em especial as soluções ligadas à transmissão e distribuição (T&D) e geração solar distribuída.

No mercado externo, o grupo obteve boa performance dos negócios de T&D na América do Norte, além da continuidade da demanda por equipamentos eletroeletrônicos industriais, principalmente em projetos importantes dos segmentos de óleo e gás, mineração e água e saneamento.

Impactos da COVID-19

De acordo com a empresa, “à exceção das nossas operações na China, que ficaram paralisadas durante boa parte do mês de fevereiro, nossos negócios foram pouco impactados pela COVID-19 até o fechamento do 1T20.

De qualquer forma, é importante mencionar que, respeitando a dinâmica de cada negócio, impactos são esperados para os próximos trimestres, mas são difíceis de serem mensurados nesse momento, dadas todas as incertezas presentes no mercado. Com base na dinâmica dos nossos negócios, produtos de ciclo curto costumam ser os primeiros a demonstrar sinais de volatilidade, como por exemplo as áreas de Motores Comerciais e Appliance e Tintas e Vernizes, que já apresentaram reduções importantes nas entradas de novos pedidos na segunda quinzena de março, após o início da COVID-19.

Por outro lado, produtos de ciclo longo, os quais construímos uma importante carteira de pedidos nos últimos trimestres e já contribuíram positivamente para receita no 1T20, tendem a sofrer menos no curto prazo, porém sofrerão impactos para frente.

Por fim, é importante ressaltar a solidez do nosso balanço, que hoje registra situação de caixa líquido e que assegura condições favoráveis para suportarmos essa crise”.