Page 47 - Revista Fundição & Matérias-Primas
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caso, conclui-se  que o fato de ambas amostras  (D17 e  C2)  apresentarem a
                         mesma quantidade de cromo em liga faz somente com que as duas possuam o
                         mesmo  tipo  de carboneto,  inclusive com ambos tendo o mesmo valor  de
                         microdureza (979 e 974 HV, respectivamente), não agindo, no entanto, no valor
                         de microdureza da matriz metálica, que apresenta uma diferença de cerca de
                         7% a mais para a amostra D17. Essa diferença é explicada devido à aplicação
                         de  um tratamento térmico otimizado que,  apesar  de  não influenciar  na
                         microdureza  dos carbonetos, possui  influência  direta  na matriz metálica,  na
                         medida que a otimização realizada propicia  a existência de  uma maior
                         quantidade de carbono da martensita formada, tornando-a mais dura.

                           70
                                                                1100
                                                          979
                                             1037,4
                           65
                                                       974,4
                                                                1000
                                                  938,8
                           60
                                               889,8
                                                                900
                          Dureza [HRC]
                                                         886
                                                    851
                           55
                                                                800
                                                          946,7
                                   671,4
                                                                700
                                                                       Microdureza Matriz
                                        630
                              618,8
                           50
                                                                600
                                                                       Microdureza
                                      519,6
                           45
                                                                       Carboneto
                                                                500
                                          453
                                450,6
                           40
                                                                400
                                                  C6
                                                       C2
                                                           Melhor
                                             C3
                               C4
                                    C1
                                        C5
                                                           resultado  1200 Microdureza [HV]  DUREZA
                                                            (D17)
                         Fonte: Autor.
                         Figura 16. Gráfico relacionando os valores de dureza e microdurezas dos microconstituintes de
                         cada corpo de prova avaliado.

                           3.5. Metalografias

                              A análise metalográfica das amostras ensaiadas indica a microestrutura
                         existentes em cada corpo de  prova bem como  permite,  através do uso do
                         software opensource ImageJ, a realização de uma avaliação do percentual de
                         carbonetos existente em cada amostra. Essa quantidade obtida via imagem é
                         então  comparada  com  valores  estimados  através  de  equações  existentes  na
                         literatura, a saber:

          com ambos tendo o mesmo valor  Equação de Dogan:                     volta para os valores máximos e

                          Equação de Maratray:    FVC M (%) = 12,33. (%C) + 0,55. (%Cr) − 15,2   (2)
          de  microdureza  (979  e  974  HV,                                   mínimos verificados via software
                          Equação de Dogan:
          respectivamente), não agindo, no   FVC D (%) = 14,05. (%C) + 0,43. (%Cr) − 22   (3)   (foram realizadas seis análises em

          entanto, no valor de microdureza                                     diferentes  regiões  da microes-
                              Considerando esses valores, tem-se o gráfico da Figura 17, onde verifica-
                         se que os valores médios obtidos através de análise no software apresentaram
          da matriz metálica, que apresen-  Considerando  esses  valores,  te-  tutura), tem-se que apenas dois
                         valores  divergentes  com  aqueles  estimados  pelas  equações  de  Maratray  e
                         Dogan (com exceção da amostra D17). No entanto, quando a analise se volta
          ta uma diferença de cerca de 7%   mos  o  gráfico  da  figura  17,  no   corpos de provas não tiveram va-
                         para os valores máximos e mínimos verificados via software (foram realizadas 6
          a mais para a amostra D17.        qual  se observa que os valores  lores medidos dentro da faixa in-
          Essa  diferença é explicada  pela   médios obtidos por meio da aná-  dicada pelas equações (C1 e C3).
          aplicação de um tratamento tér-   lise  no  software apresentaram    Do ponto de vista dos constituin-
          mico  otimizado  que,  apesar  de   valores  divergentes  com aque-  tes  microestruturais, as  metalo-
          não  influenciar  a  microdureza   les estimados pelas equações de   grafias  realizadas  (figuras  18  a
          dos  carbonetos,  possui  influên-  Maratray e Dogan (com exceção    24)  indicam  a  existência  de  mi-
          cia direta na matriz metálica, na   da amostra D17).                 croestruturas  contidas  na  tabela
          medida que a otimização realiza-  No entanto, quando a análise se  6.  Considerando os  valores de
          da  propicia  a existência  de uma
          maior quantidade de carbono da
          martensita formada,  tornando-a
 caso, conclui-se  que o fato de ambas amostras  (D17 e  C2)  apresentarem a
 mesma quantidade de cromo em liga faz somente com que as duas possuam o
          mais dura.
 mesmo  tipo  de carboneto,  inclusive com ambos tendo o mesmo valor  de
 microdureza (979 e 974 HV, respectivamente), não agindo, no entanto, no valor
 de microdureza da matriz metálica, que apresenta uma diferença de cerca de
 7% a mais para a amostra D17. Essa diferença é explicada devido à aplicação
 de  um tratamento térmico otimizado que,  apesar  de  não influenciar  na
 microdureza  dos carbonetos, possui  influência
          Metalografias direta  na matriz metálica,  na
 medida que a otimização realizada propicia  a existência de  uma maior
 quantidade de carbono da martensita formada, tornando-a mais dura.
          A análise metalográfica das amos-

          tras ensaiadas indica a microestru-
 70                           1200
 65       1037,4       979    1100
          tura existentes em cada corpo de
                    974,4
                              1000
                938,8
 60       prova,  além  de  permitir,  através   Fig. 23: Microconstituintes da amostra C6. A) Aumento de 200x. B) Aumento de 500x.
             889,8
                                 Microdureza [HV]
                              900
 Dureza [HRC]   55  do uso do  software Opensource
                       886
                  851
                                    DUREZA
                              800
                       946,7
 50  618,8  671,4  630        700   Microdureza Matriz
          ImageJ, a realização de uma ava-
                              600
    519,6                           Microdureza
 45                           500   Carboneto
        453  liação do percentual de carbone-
 450,6
 40                           400
 C4  C1  C5  C3  C6  C2  Melhor
          tos existente em cada amostra.
                        resultado
                         (D17)
 Fonte: Autor.
          Essa  quantidade  obtida  via  ima-
 Figura 16. Gráfico relacionando os valores de dureza e microdurezas dos microconstituintes de
 cada corpo de prova avaliado.
          gem é, então, comparada  com
 3.5. Metalografias
          valores  estimados  em  equações
 A análise metalográfica das amostras ensaiadas indica a microestrutura
          existentes na literatura, a saber:
 existentes em cada corpo de  prova bem como  permite,  através do uso do
 software opensource ImageJ, a realização de uma avaliação do percentual de
 carbonetos existente em cada amostra. Essa quantidade obtida via imagem é
 então  comparada  com  valores  estimados  através  de  equações  existentes  na
 literatura, a saber:    Equação de Maratray:


 Equação de Maratray:    FVC M (%) = 12,33. (%C) + 0,55. (%Cr) − 15,2   (2)   Fig. 24: Microconstituintes da amostra D17. A) Aumento de 200x. B) Aumento de 500x.
 Equação de Dogan:   FVC D (%) = 14,05. (%C) + 0,43. (%Cr) − 22   (3)
                                                                                          FMP, MAIO 2020      47

 Considerando esses valores, tem-se o gráfico da Figura 17, onde verifica-
 se que os valores médios obtidos através de análise no software apresentaram
 valores  divergentes  com  aqueles  estimados  pelas  equações  de  Maratray  e
 Dogan (com exceção da amostra D17). No entanto, quando a analise se volta
 para os valores máximos e mínimos verificados via software (foram realizadas 6
   42   43   44   45   46   47   48   49   50   51   52