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CADERNO TÉCNICODERNO TÉCNICO
correlação entre esses valores e
a macrodureza da liga (figura 16),
fato esse já verificado por outros
autores .
[5]
Além disso, verifica-se ainda a
ocorrência de valores reduzidos
de microdureza (menores do que
700 HV) para os carbonetos de li-
gas com teores de cromo inferio-
Fig. 21: Microconstituintes da amostra C4. A) Aumento de 200x. B) Aumento de 500x.
res a 5% (C4, C1 e C5). Para esses
corpos de provas, ocorre a forma-
ção de microconstituintes do tipo
M C, que apresentam maior fra-
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gilidade do que os carbonetos do
tipo M C , os quais são formados
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para ligas com maiores teores de
cromo, como aquelas presentes
nas amostras C3, C6, C2 e D17.
Estas últimas ainda apresentam
elevados valores de microdureza
Fig. 22: Microconstituintes da amostra C5. A) Aumento de 200x. B) Aumento de 500x.
da matriz metálica, o que indica
a aplicação de tratamentos térmi-
Na qual: entre a dureza e a perda de volu- cos nas amostras comercias C3,
me após o desgaste abrasivo. C6 e C2.
Q’’ = resistência ao desgaste
((mm³.m ) )) Ao mesmo tempo, há uma rela- Verifica-se ainda que a amos-
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ção direta entre a dureza e a re- tra D17 (tratada termicamente
P = perda de volume (mm³)
v sistência ao desgaste abrasivo, a 950°C por 4h) apresenta ma-
dist = distância percorrida pela resultado esse já indicado por ou- crodureza 9,6% maior do que a
roda de borracha durante o en- tros autores [8,9] . dureza da amostra C2, mesmo
saio (m) possuindo igual teor de cromo.
Nesse caso, conclui-se que o fato
Microdurezas
de ambas as amostras (D17 e C2)
Analisando o gráfico de dureza A análise dos valores de micro- apresentarem a mesma quantidade
X resistência ao desgaste (figura dureza, tanto para os carbonetos de cromo em liga, faz somente
15), fica evidente a existência de quanto para a matriz metálica, com que as duas possuam o mes-
uma relação inversamente direta demonstra a existência de uma mo tipo de carboneto, inclusive
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