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ENTREVISTANTREVISTA
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Diante destas constatações iniciais, qual a previsão da entidade para o exercício 2021.
Gonzaga: Para falar de 2021, devemos considerar o histórico do setor de fundição, a evolução e previsão dos
segmentos compradores de fundidos, além do comportamento dos outros países na saída da crise. A queda
em 2020 foi muito drástica na maioria dos setores, que, por outro lado, reagiram positivamente no 2º semestre,
mostrando que estão em condição de manter essa reação e provavelmente um crescimento em relação a 2020.
Dessa forma, podemos esperar um crescimento de 12% a 15% do setor de fundição em 2021, sendo conser-
vadores.
De quais medidas dependerá o alcance deste prognóstico?
Gonzaga: Inicialmente, precisamos que o mercado externo tenha uma reação positiva, como teve a China, e
alcance o equilíbrio como um todo. No mercado interno, é necessário que a pandemia seja controlada e saia
das manchetes nacionais, para que possamos voltar a temas que envolvam o crescimento da indústria no país. É
extremamente importante que a casa legislativa coloque em votação as medidas necessárias para a melhoria do
ambiente de negócio. As Reformas Tributária e Administrativa são imprescindíveis.
Em setembro, teremos a 19ª edição do CONAF/FENAF – Congresso e Feira Latino-Americana de Fundição.
Como estão os preparativos?
Gonzaga: Iniciamos o ano com foco no otimismo, trabalhando para que o evento fortaleça a retomada da
indústria de fundição pós-pandemia. Os estragos causados pela COVID-19 na economia mundial foram de-
vastadores, a exemplo do que acontece num pós-guerra (guardadas as devidas proporções). Se nos voltarmos
à história, veremos que as feiras comerciais e entidades de classe foram fundamentais para a reconstrução da
economia europeia após a 2ª Guerra Mundial, aproximando compradores e fornecedores. O CONAF/FENAF
2021 certamente terá esse papel. As feiras são e continuarão sendo um verdadeiro indutor do desenvolvimento. g
24 FMP, JANEIRO 2021