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ENTREVISTANTREVISTA
A valorização do dólar frente ao real também impacta significativamente o custo dos insumos importados. Isso
tem sido um problema para a empresa?
Campos: Até o momento, os impactos em insumos importados tem sido de certa forma controlados. Entre-
tanto, esperamos aumentos consideráveis a qualquer momento, devido à volatilidade do câmbio. Começamos a
receber esses aumentos nos últimos 30 dias.
Na sua opinião, quais medidas devem partir do governo federal para minimizar os impactos dessa crise?
Campos: As medidas do governo têm sido satisfatórias do ponto de vista de apoio momentâneo. Os programas
de preservação de emprego e a redução de juros ajudam muito a economia como um todo. Esperamos que a
Reforma Tributária seja discutida e aprovada nos próximos meses. Essa é a grande ajuda que podemos ter como
indústria. Acabar com a irracionalidade tributária brasileira é o grande desafio do governo.
A empresa funde peças inclusive para o segmento de infraestrutura. Como o senhor analisa a aprovação do
Marco Legal do Saneamento?
Campos: Vemos com muito otimismo o marco legal do saneamento. Atuamos nessa área tanto no mercado
interno quanto externo, e sabemos do potencial que está sendo destravado com essa medida.
Quais as projeções da empresa para o exercício 2020?
Campos: Estávamos prevendo e trabalhando para um crescimento de 15% em 2020. Entretanto, com a queda
brusca de vendas no 2º trimestre, em razão da pandemia, revisamos as nossas projeções para um ano estável em
relação à produção e faturamento. A parte boa é que estamos notando uma boa recuperação para os próximos
meses, a começar de julho. g
*As opiniões expressas pelos entrevistados não são necessariamente as adotadas pela ABIFA e pela revista Fundição &
Matérias-Primas, que podem inclusive ser contrárias a estas.
34 FMP, JULHO 2020