Page 48 - Revista Fundição & Matérias-Primas
P. 48
CA
CADERNO TÉCNICO 2DERNO TÉCNICO 2
Resistência à tração
A tabela 2 apresenta um compara-
tivo entre os resultados obtidos no
ensaio e aqueles da literatura téc-
nica, quando a liga A356.0 passa
pelos os tratamentos térmicos T6
e T61 (solubilizado e envelhecido
artificialmente).
Conforme observado na tabela 2, a
resistência à tração e o alongamen-
to obtidos nos corpos de prova fo-
ram inferiores aos encontrados na
literatura, sendo que a roda falhada
apresentou valores ainda menores
que a roda padrão.
Acredita-se que tenha ocorrido um
efeito cascata nas rodas analisadas:
o teor de estrôncio acrescido à liga
é considerado baixo e o teor de fós-
foro é alto, o que não possibilitou a
completa modificação do agregado
eutético, conforme evidenciado
pelo aspecto da superfície de fra-
tura. Em função disso, o material
das rodas apresentou propriedades
mecânicas inferiores que aquelas
mencionadas na literatura.
Devido às mudanças na morfologia
Fig. 5 – Microestruturas das rodas: (A), (C), (E) e (G) padrão; (B), (D), (F) e (H) fraturadas. Ampliações: das partículas de Si, que ocorrem
200 µm, corresponde a 100x, e 20 µm, de 1.000x.
durante o tratamento de solubiliza-
ção, o limite de resistência à tração
Esse tipo de descontinuidade é comum A figura 8 apresenta as porosi- e o alongamento aumentam com o
no processo de fundição para ligas de dades típicas de microrrechu- tempo de solubilização.
alumínio com esse teor de silício, pois há pes evidenciadas na amostra O tratamento de modificação
um maior intervalo de solidificação. analisada. química do silício (por meio da adi-
48 FMP, AGOSTO 2020