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CADERNO TÉCNICO
outras classes de aços, o que fa-
vorece a redução do peso do au-
tomóvel e, consequentemente, a
diminuição da emissão de gases
poluentes.
O excelente desempenho mecâni-
co dos aços TRIP está intimamen-
te relacionado com a característica
multifásica da sua microestrutura,
principalmente a presença de aus-
tenita retida .
[3]
A transformação de austenita reti-
da em martensita ocorre pelo me-
canismo de deformação, que, por
sua vez, está intimamente relacio-
nado com a energia de falha de em-
pilhamento. Fig. 2 – Etapas do processo de laminação e de tratamento térmico realizados no aço médio manganês .
[8]
Segundo a bibliografia 4, o efeito
TRIP acontece predominantemen- mento intercrítico sobre as pro- O aço foi submetido a seis passes
te em aços com energia inferior a priedades mecânicas do aço médio de laminação a quente a 850°C e
18 mJ/m², ao passo que a forma- manganês com 7,9% Mn, 0,14% Si, a sete passes de laminação a mor-
ção de martensita α` ocorre para 0,05% Al e 0,07% C. no, a 630°C. Posteriormente, foi
EFE inferior a 12 mJ/m².
Em contrapartida, a EFE depende
intensamente da composição quí-
mica e da temperatura. Em ligas de
Fe-Mn-C, ela é relativamente baixa,
enquanto para ligas com teor de
Mn inferior a 15%, o efeito TRIP
predomina.
De acordo com a bibliografía 8,
a quantidade e a estabilidade da
austenita retida em temperatu-
ra ambiente no aço TRIP médio
manganês está associada com o re-
cozimento intercrítico e sua tempe-
ratura de tratamento.
Na pesquisa desenvolvida por
Zhao et al. , foram estudados os Fig. 3 – Fração volumétrica de austenita retida em relação à temperatura de recozimento realizado no
[8]
[8]
efeitos da temperatura do recozi- aço médio manganês .
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